quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tríade da Revolução Francesa

Revolução Francesa
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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ética e Moral

Estuda-se o comportamento humano e sua evolução desde os tempos mais  remotos aos dias atuais  e, neste contexto,  o viés inferente  diante do seu semelhante a partir das condutas sociais pré-estabelecidas ao bom ou mal convívio, todavia,  presentes e não raras as vezes, dicotômicas e/ou  paradoxais.

E então,  ouve-se falar,  pratica-se ou  repete-se comportamentos tidos como ideais apenas para ilustrar o que se deseja sem, contudo, avaliar,  refletir ou  adequar,  e aqui não se discute o que é normal, anormal, certo, errado,  eis que em razão da subjetividade e divergências, não servem como indicadores pela inexistência de fórmulas -  umas até mágicas! -  supostamente capazes de resolver os problemas da humanidade. O que pode ser favorável numa situação poderá se mostrar ineficaz noutra.

Deste modo, tem-se a ética e os valores morais, - dentre outros,  inclusive pela própria falta destes - e o homem,  tornando-se elementar algumas definições  acerca do tema, senão, vejamos:
        
"A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta"   (VALLS, Álvaro L.M. O que é ética. 7a edição Ed.Brasiliense, 1993, p.7).
    
"Ética é o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto" (HOLANDA. Aurélio Buarque de. DICIONÁRIO).

"A moral  é o conjunto das regras de condutas admitidas em determinada época ou por um grupo de homens. Nesse sentido, o homem moral é aquele que age bem ou mal na medida que acata ou transgride as regras do grupo (Aranha e Martins, 1997, p. 274).
   
Neste sentido,  necessário se fazer uma observação quanto a acepção e/ou devida diferenciação entre os termos: A moral,  do  Amoral, eis que neste segundo o significado também é diferente do da escrita, qual seja, o da negação ao primeiro. Ou seja, o primeiro quer, o segundo não quer que se estabeleça a. Entenderam?
    
Em entrevista ao Programa Jô Soares, TV Globo, o professor da  Universidade de São Paulo/USP,  Clóvis de Barros Filho, discutiu com indelével sapiência a despeito da importância de sua cátedra na sociedade em geral, notadamente  tema objeto da entrevista, qual seja:  A Ética, e seus desdobramentos.
   
Diferente de um padrão ou modelo a seguir, a ética deve nortear as escolhas e decisões individuais, mesmos que estas não estejam expostas as censuras ou juízo de reprovação social,  mas fundada no caráter inerente do indivíduo e exemplificou: "é como se o indivíduo tivesse que agir de forma invisível ou não diante de uma câmara fiscalizadora ou diante dos seus próprios valores, independentemente"
   
Neste diapasão comparou a vida, e suas complexidades, diante de fórmulas sociais existentes que buscam estabelecer parâmetros de conduta como a de um professor diante de um espelho de correção de provas, onde aplica o modelo e  encontra a nota,  entre o zero e o dez, segundo o aproveitamento  do aluno avaliado e acrescenta:  "É como aquele indivíduo que entra em um supermercado na madrugada e pensa em furtar uma goiabada, mas desiste diante do "olho" das câmaras, quando não haveria essa necessidade, pois agiria conforme  a ética e não pela fiscalização em si"
    
Do mesmo modo observou quando da sua ida a Genebra (Suíça) a não existência de caixa ou fiscalização contumaz em detrimento de aquisições várias nem mesmo na compra de um simples jornal onde, em regra, estão dispostos em balcões ou mesas e o cidadão se autoatende, e decide o pagamento depositando o valor - e ninguém faz diferente! - e disparou em tom de brincadeira, dizendo: "fiquei tentado a mostrar a vulnerabilidade diante da situação!", ratificando: "o cidadão necessita ser preparado para essa percepção desde cedo, até pela a essência da racionalidade,  diferentemente dos outros animais, a exemplo,  o gato".
   
Parafraseando o professor, é necessário racionalidade ao  fazer a (s) escolha (s) consciente e da (s) possível (eis) consequência (s) do (s) ato (s) praticado(s) em razão desta (s), qual seja, com equilíbrio, coerência e razão em função dos seus  reflexos. E não venha dizer que não sabia. Você é um ser pensante, diferentemente dos demais seres, e portanto, deve ter discernimento. O próprio instinto de sobrevivência sinaliza entre o bem e o mal, e não está em baila da discussão as funções  do id,  ego, superego e suas interpretações segundo a psicologia. Afinal, vale aquele ditado antigo, sem querer fazer qualquer ilação ou apologia ao exercício ilegal  da medicina e suas derivações, mas  "de médico e louco, cada um tem um pouco", ou seja, entre o sano e o insano há uma  tênue linha que carece ser observada  como princípio balizador das condutas.
    
Assim, certamente, as escolas como formadoras essenciais as intelecções e/ou percepções dos indivíduos, os supermercados como fornecedores em toda extensão, e importância social, as várias câmaras espalhadas em diversos lugares como lócus de "defesa" dos cidadãos, as barreiras eletrônicas e os conhecidos "pardais" como fiscalizadores,  controladores ou redutores da velocidade automotora nas cidades se tornariam inócuos, desnecessários pela internalização e ética de seus usuários, eis que os indivíduos estariam aptos a viver e conviver em sociedade e, consequentemente,  mais tranquilos e felizes.
     
E então, já consegue distingui-las? 
     
Uma em detrimento da outra?
     
As duas em justaposição ou locupletação?
     
A escolha e a respectiva consequência será  sempre sua,
Acredite!



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