quarta-feira, 15 de abril de 2015

Um gesto de amor

O mundo caminha por vieses controversos que indubitavelmente redundam numa violência sem precedentes. Para tanto, basta consultar os noticiários impressos ou eletrônicos, já que induzem a inúmeras reflexões, acerca das dificuldades que o mundo atravessa, real impedimento ao alcance da Paz Mundial.

Neste contexto, exige cada vez mais tolerância, solidariedade, amor, sobretudo no seio familiar já que, como célula principal e lócus essencial ao desenvolvimento do indivíduo, reproduz os resultados, positivos ou negativos, em sociedade.

E não seria acaso a simples menção ao Texto Sagrado, pelos cristãos, segundo os Mandamentos bíblicos: "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças" e/ou "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Marcos 12:30-31).

Parafraseando as expressões, não existe qualquer outro mandamento maior do que amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Difícil é a prática diária, sobretudo num mundo capitalista, onde o individualismo impera. E, Thomas Hobbes apropriando-se do helenismo em tempos modernos, assim justificou: "O homem é lobo do homem".

No contexto ágape, aquele que procura pergui-los torna-se, em regra, diferente ou difrenciado na sociedade, simultaneamente objetos de abuso ou de exploração, E, então, a cada instante, o individuo se fecha em si mesmo, individualizando ou restrigindo os sentimentos de fraternidade, respeito e de amor pelo seu semelhante.

Aliás, em termos de amor universal, tem-se também o trabalho voluntariado de alguns em creches, asilos, albergues, orfanatos etc. Igualmente o de abrigar em seus lares, exemplificando a proteção sem medidas do ser pelo ser. E, então, constata-se adoções de todas as espécies.

E porque não falar de Ricardo e Ana Paulo, jovem casal que não se contentou em adotar apenas uma criança, recém-nascida, pele clara, olhos azuis/verdes, comumente escolhidos, mas, cinco. É, cinco crianças, crescidas, portadoras de necessidades especiais e necessidades várias. Do mesmo modo, Adriana e Eliel que adotaram tambem cinco crianças, porém, todos irmãos, entre tantos outros anônimos. Alguém consegue visualizar, e vislumbrar, incondicionalmente amor maior? Certamente que poucos teriam tamanha generosidade, e consequente abnegação.

Cediço é que amar o filho biológico, e sua bagagem, é de fácil compreensão. Afinal, a estrutura física, biológica, morfológica, faz parte do próprio DNA familiar, onde o sentimento flui, naturalmente. E quando isso não ocorre - e não se discute aqui as deformações de caráter, socialmente relevantes - a própria sociedade aponta, julga, condena, senão a própria vida e/ou a consciência tratará (ão) de tudo.

Destarte, remete também a tantos outros, inclusive de pessoas que albergam ou compartilham de atitudes a partir de experiências resilientes ou em socorro a outros menos favorecidos, e que mesmo a ausência do grau de parentesco não será capaz de impedir, mas tão somente fortalecer vínculo e amor ao próximo sem nada exigir - como os que ajudam moradores de rua. E, neste contexto só quem já passou pela experiência é capaz falar com propriedade.

Assim, simplesmente "Filhos do coração" como são comumente chamados, independente da idade, gênero, raça, características físicas ou necessidades. Assim, exemplo de amor maior não há pelo que o Criador pregou ensinando, e estampado na Bíblia: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16)

Aliás, amor ou amar, e ser amado, nunca é demais. E não haverá dia ou hora certa para experimentar tamanhos atos e sentimentos, Aliás, até pode parecer redundância, mas como bem disse o poeta em sua canção: "O que se leva da vida; é a vida que se leva".

Então, permita-se!



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