sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O Brasil e os brasileiros


A decepção, e a consequênte frustração, é indiscutivelmente, fruto do excesso de espectativas depositadas em outrem. Expectativas essas balizadas em hipóteses, que, como tal possui (em) vértice (s) e/ouprobalilidades a se confirmar (em) ou não!

Todavia, em se tratando do Estado, enquanto Nação e ente garantidor do mínimo constitucional às ações governamentais, não se admite negligência em detrimento da vida - bem maior e tutelada, eis que tudo começa a partir dela.

Difícil encontrar adjetivos para tamanho desrespeito por parte dos nossos representantes, governantes, especialmente no que tange a proteção e a segurança, a exemplos das tragédias que assolam as populações, sejam estas urbanas, rurais, sertanejas, ribeirinhas etc. Fenômenos naturais ou previsíveis pelo homem. Inegáveis, até mesmo em razão das alheias fatalidades.

A tudo isso, denomina-se: o Estado menor. Aquele que oferece o mínimo suportável por qualquer cidadão, seja na educação, saúde, segurança, enquanto prioridade estatal.
E como se não bastasse, deixando a desejar no acompanhamento e fiscalização, fazendo-se de mero expectador às questões de relevância populacional. A mínima intervenção estatal, própria do Liberalismo, contudo, com outra roupagem, prefixada de "Neo" (novo).

E, então, ilações falaciosas e devaneios tornam-se comuns na mídia brasileira, corroborando com promessas não cumpridas, mas que ultrapassam os muros dos menos desavisados do país, colocando todos os cidadãos em situação de vulnerabilidade, seja pelo pelo descaso ou falta de interesse em agir ou cuidar.

Ora, dizer que não se chegou a uma explicação lógica para a tragédia ocorrida na cidade de Mariana, Minas Gerais, ao mesmo tempo em que exibem na imprensa projetos estruturais preventivos que poderiam ter evitado a tragédia é querer confundir as cabeças pensantes.

E muitos dirão: “É, por óbvio, o sistema capitalista e seus interesses. Seus defensores e/ou adeptos jamais pensarão de outro forma”. Até, simplista demais!
Não haveria dúvidas quanto a escolha de um projeto menos oneroso, porém, que pudesse garantir lucros maiores, mesmo correndo os riscos de sua implementação.

Afinal, se algo ocorrer de errado, ganha-se no “tempo”. Seria o tal sentimento de impunidade? E numa história recente construíram até prédios com areia e conchinhas!!!
É, por óbvio, o sistema capitalista e seus interesses. Seus defensores e/ou adeptos jamais pensarão de outro forma.

E muitos dirão: Que vulnerabilidade? Que povo? Daqui a pouco todos esquecerão! Provavelmente por outra tragédia batendo à portas dos desavisados. A crescente violência, a falta de saúde, atendimento e de remédios nos hospitais, agravada pela pesença e ação do vilão do MOSQUITO (Aedes Aegypti) e suas peripécias.

Atualmente, em tese, culpado até de provocar a microcefalia em fetos em formação (vai saber!), a educação que jaz em berço esplêndido (e que a Pátria Educadora nega ficaz tutela), a resposta da natureza e o aquecimento global, evidentes sinais de saturação.
Aliando-se a tudo isso, a intolerância!

E aqui não se discute a ideológica e que a mídia e imprensa brasileira discorrem, diuturnamente, mas a intolerância pela ausência da paciência, frustração, descontentamento daqueles que veem tudo isso acontecer, enojam, mas pouco ou quase nada podem fazer (a não ser ir às ruas protestar) em suas insatisfações.

Em regra, é latente a preocupação de todos. Que legado deixaremos para nossos filhos, netos, bisnetos? Gerações condenadas ao descasos, a falta de ética e ao compromisso? Gerações marcadas pelos descasos, desvios e corrupções? Haverá sistema político, econômico, social que atenda as reais necessidades do povo? Ainda, haverá luz no fim do túnel?

O mundo exige urgentes reflexões, e providências!


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