domingo, 14 de fevereiro de 2016

Viver dá trabalho

Dá trabalho...

A vida pelo que ela é ...
representada pelo todo ou individualizada, em grupos, classes sociais, sociedades, mundo globalizado, contextualizado, multidisciplinado, interdisciplinador, tecnológico, virtual, experimental, efêmero, frágil, vulnerável, frívolo, fugaz, débil, dádivoso, sopro ...

Conquanto, dá trabalho pelas suas vivências, convivências, experiências, participações, exemplos, espelhos, modelos, interações... uns com outros, dá trabalho. Todos no mundo; e este, constituído a partir destes, e estes; aos seus pés.

Vida, Dá trabalho vivê-la...

Da mesma forma, dá trabalho, nascer, crescer, amadurecer, educar, estudar, aprender, ensinar, transmitir, construir, constituir, participar, relacionar ...

Dá trabalho manter amizades, filhos, parentes, agregados, vizinhos, assemelhados, pares, iguais, sociais, valentes, covardes, tementes, dementes, cruéis, talvez! O trabalho de todos os dias ... pelo trabalho que dar.

De igual forma as filosofias, ideologias, pensamentos, conhecimentos, esquecimentos, passados, presentes, ausentes.

Dá trabalho conceber, permitir, refletir, analisar, perceber - o imperceptível, mas necessário, útil, inútil ...

Dá trabalho o olhar interior, a frente pra frente, olhar no olhar, individual, particular, gestual, diferente, indiferente ao outro.

Dá trabalho o repensar, a doação, mobilização, sensibilidade, compreensão, aceitação daquilo ou daquele que não se pode modificar.

Dá trabalho a solidariedade; o olhar sobre e para o outro, o estender da mão amiga; quando o outro sequer se percebe, e se não o faz,  pelo que pede.

Dá trabalho, a sapiência compartilhada, a ignorância pela ausência da sabedoria, o saber ignorante, cruel, destoante, violento, apartado ...

Dá trabalho o ocaso pelo descaso, o encontro, desencontro, o reencontro, o abraço, a paz, o dirigir, o conduzir, o instigar, o mover das inteligências.

Dá trabalho a intolerância, a segregação, a apartação, as desigualdades, os preconceitos, as discriminações, os conflitos, as guerras ...

Dá trabalho a educação, a saúde, a segurança, os seres vivos, inativos, possessivos, violentos, os que estão por vir ...

Da mesma forma, dá trabalho a paciência, a motivação, a justiça, o direito, a igualdade, a cidadania, o dever, a obrigação, a cooperação, o estender a mão mútua...

Dá trabalho a construção, a reconstrução, a lapidação, o incentivo, a escola, a educação, o hospital, asilo, creche, orfanato, o zelar, o cuidar do povo, a necessidade, a prioridade dá trabalho.

Dá trabalho administrar, gestar, repensar, ressocializar, reeducar, reinserir, readaptar, modificar, reinventar. Dá trabalho cuidar, zelar, abrigar, estimular, amar, prover, dividir, somar, multiplicar ...

Mas quem disse que era fácil? Tudo dá trabalho ...
Viver é uma arte. A arte mais bela de todas as artes.

Afinal, como pedra bruta a rolar pela a estrada; ladeira da existência, a vida estará sendo ofertada, paritariamente ou não, tal qual uma pedra ou joia preciosa num processo de limpeza, sujeição, lapidação, e assim também dá trabalho ...

Cursos, percursos, destinos, transformações, ensinos, aprendizados e evoluções ...
Se com alegria, felicidade, tristeza, risos ou choros, amado, detestado, casado, solteiro, disposto, cansado, preguiçoso, humorado, maltratado, vestido, despido, fiel, amigo, inimigo, consciente, emocional ou racional ...

Tudo dá trabalho ...
A vida é um amontoado de emoções, contradições, devaneios.
Até mesmo na insensatez.

Você é gente,
Pense!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

África: O que mudou?


Ao analisar a história desse povo, remete-nos a reflexão: Quantos irmãos africanos - somos 
afrodescendentes! - sofreram, e continuam sofrendo, por aquele mundo afora. Desastres naturais, guerras civis, étnicas e/ou proporcionados pelas doenças, inclusive pela AIDS,  não se dão conta das populações sucumbidas ao longa da triste história de barbárie, registrada e/ou observada em várias décadas, séculos... Berço da humanidade e, provavelmente do seu sepulcro.
  
A quem interessa esse trágico enredo? Até quando... Marcas profundas do sofrimento e do descaso vão permear as sociedades africanas?  Destino de Colônias ou seria de Partilhas? Será? Quem poderá mudar esse destino? 

São perguntas, a priori, sem respostas. Resta-nos a esperança. Esperança de dias melhores para esse povo sofrido pela vida, estampado nos semblantes,  retratando o que lhe transparece a alma.
Difícil imaginar, que após tanto tempo, a população africana, ainda, continua segregada, eis que a realidade e o sofrimento dessa população parece não chegar ao fim, qual sejam pela apartação econômica e/ou social em que imergem, enfraquecendo-os,  inclusive seus governantes.
  
É muito fácil falar quando não se tem frio, fome, um pão sequer, tampouco condição diversa daquela por que passa aquele povo. É muito fácil pedir resignação, esperança, fé, quando se tem tudo, ou quase tudo. Difícil é aceitar a condição humana em que vive o africano,  principalmente suas crianças e a se perguntar:  Se o futuro de um país está nas mãos dos seus jovens, fácil concluir qual futuro terá aquele Continente? O que será da  velha  "Colcha de Retalhos" ?
  
Continente dos contrastes! Desde sua tenra história, mesmo antes da sua colonização e/ou  partilha, seguido e marcado pelos vários colonizadores e, consequentemente, interesses, clima árido, semi-árido, senão desértico, diversidade religiosa,  fragilidades...  Aff!  fome,  sede ... Miséria!
   
Fácil falar, difícil imaginar ...
Misericórdia, Senhor!

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