sexta-feira, 29 de julho de 2011

Viciado equilibrado?!

Em recente entrevista ao jornal Correio Braziliense (17.06.11), o Ex Presidente FHC, quando questionado acerca do uso  e da descriminalização da maconha, disparou: "Sempre uso o seguinte exemplo: gosto de vinho, tomo quase todas as noites. Se tomar no almoço, prejudica meu trabalho. Se pedir uma taça pela manhã, me levem para o hospital, pois estou doente. O mesmo vale para a maconha. Se a pessoa fumar o dia inteiro, vai ter problemas psicológicos", enfatizando o uso com racionalidade, equilíbrio... em oposição ao percebido em viciados.
   
Pergunta-se: Será possível, um viciado falar, pensar ou usar o seu objeto de vício com racionalidade e equilíbrio? Ou será que com os intelectuais a coisa é diferente? Será que o segredo é estudar? Porque não é como se apresenta o "problema" na sociedade. O indivíduo torna-se passível de cuidados  médicos/psicológicos, exatamente por não conseguir esta "racionalidade" e esse "equilíbrio" e,  inclusive é considerado um doente e/ou caso de saúde pública e pronto atendimento  para o seu restabelecimento - quase sempre, não percebe que é dependente e acha que tem o controle da situação.
   
Talvez, estudar e/ou ser um intelectual possa ajudar a entender o discurso falacioso de alguns, sobre algumas coisas, em algum lugar ou simplemente para refletir acerca das atitudes... de alguns, quem sabe.
   
Felizmente, a resposta veio de imediato, no mesmo veículo de comunicação, com o célebre título em destaque: "FHC quebra tabu e assusta especialistas".
   
Infelizmente não sou especialista nessa área, mas observadora e sei que o uso da maconha, comumente, é porta de entrada para outras drogas mais pesadas.
   
Tenho racionalidade, equilíbrio, educação (discernimento) e já sou uma quase "intelectual".
Todas venias, senhor FHC!
   
Obrigada, Senhor! por me conceder entendimento.


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