quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Educação: A primeira lição

 
Ao discorrer sobre a educação, notadamente a brasileira, necessário algumas indagações acerca do tema. Qual a importância da educação na formação das pessoas? É possível a construção da educação, unilateralmente? A quem interessa a pouca educação? O brasileiro está preparado para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo? Quando começa o futuro?
 
Indagações, questionamentos e discussões acerca do tema têm - ou deveria ter - como objetivo e reflexão, o conclamar da sociedade para a causa, eis que sem eles, dificilmente haverá desenvolvimento, evolução, e, crescimento do Estado, porquanto o sentido de nação participativa e igualitária para todos os cidadãos é que o futuro se apresenta agora, já!. 
 
Assim, não se pode conceber este ou aquele profissional, sobretudo os agentes envolvidos diretamente com a educação, sem o devido compromisso no desempenho pleno da sua função ou mesmo uma educação de forma desqualificada, reduzida, isolada e/ou ofertada. E muitos afirmarão: "Não tenho nada com isso!" ou outras frases do gênero
 
E, como premissa maior, diga-se: Claro que tem! A partir do momento em que todos necessitam de todos, logo, todos devem ter responsabilidade e compromisso uns para com os outros. Como assim? Quando necessita-se do serviço ou ajuda do outro! Afinal, quem nunca necessitou ou mesmo tem conhecimento de alguém que utilizou-se dos conhecimentos do médico, policial, engenheiro, advogado, professor etc. E quem os formarão? A própria sociedade pela oferta da mão de obra qualificada ou não dos seus cidadãos! Na justa medida que contribuem, colaboram, participam ou oferecem os seus serviços.

Ressalva-se a interação com os demais órgãos estatais, por meio dos seus agentes ou colaboradores na vontade, implementação, efetivação e derivação das políticas públicas que viabilizam mudanças e  positivam qualidade da educação como lócus essencial do desenvolvimento e crescimento em geral, e até mesmo as ONGs pelo trabalho, desempenho e relevância dos serviços prestados as comunidades neste sentido.

Isso faz lembrar daquela professora de nome Iolíris, entrevistada por um programa de televisão, educadora da comunidade carente da Pavuna, Rio de Janeiro - e do mais baixo IDH do Estado - mas que modificou a realidade da sua escola pelo bom exemplo de abnegação a profissão desempenhada,  destacando-se pelo excelente trabalho e resultado do Ideb/MEC do Estado do RJ.

E, então, pergunta-se: Será que aquela professora conseguiu o grande feito de mudar a realidade daquela escola somente em função de sua exclusiva dedicação? Certamente que não! Para que o seu trabalho, fruto de amor e dedicação, fosse recepcionado pela comunidade local,  necessário  que todos se depreendessem em razão das urgência e necessidade,  inclusive outros professores e/ou grupos, em prol do objetivo maior: a educação com qualidade!
 
Desta forma, aquela professora contou com o apoio, inclusive dos malandros da periferia na preservação dos muros da instituição, pelas não pichações, ou no próprio resguardo das instalações, materiais pedagógicos e demais utensílios escolares,  pelos constantes furtos evidenciados e praticados por vândalos e afins, até então,  eis que mencionou na entrevista: "Assim que assumi, fui buscar as panelas da escola em um ferro velho [...]"  ou  "[...] contei com a ajuda do meu marido e de outros familiares [...]", ou simplesmente  pelos ensinamentos de outra inominada mestre - e de tantos outros -  mas reconhecida pelos próprios filhos,  quando em sua homenagem lhe ofertaram o livro de Esmé Raji Codell,  intitulado Uma professora fora de série,  ancorada também pelo bom desempenho e dedicação no exercício da profissão.
 
Afinal, com anuência de ambas que  discordam do provérbio popular: "Em casa de ferreiro, o espeto é de pau". E, elas ratificam: "O exemplo deve sempre começar em casa" [...]. "Não se pode vender uma ideia pela qual não se acredita" ou "[...] que  não se  tenha a devida eficácia",  complementam.
 
Educar é uma arte! Assim como a vida. Obviamente que todos devem passar pelo processo de conscientização, liberdade, aprimoramento a real importância, e sob a responsabilidade e auspícios dos tantos mestres. Nesta perspectiva, mister são as propostas de mudança pelos objetivos desejados.
 
E, então, pelos projetos de leitura, valores, cidadania com que todos se envolveram, por meio daquela professora, demonstrou-se que não basta o "saber" das necessidades, mas, sobretudo, o "querer" de todos para que o sucesso tenha a cara e o nome de "Educação para todos". Um dever exercido pelo Estado por meio do seu povo. Afinal,  o Estado é composto por todos ao bem comum.

A lição deve ser copiada, e respondida, acertadamente.

Parabéns, Iolíris!


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