quarta-feira, 20 de março de 2013

Imagens e reflexos!

Ao analisar determinados comportamentos reproduzidos na sociedade em geral, a partir dos pilares balizadores dos aprendizados pelos ensinamentos na busca da melhor qualidade social, intelectual e da participação dos seus indivíduos, em especial no campo da educação como locupletação do homem, tem-se uma grande diversidade de exemplos - boas e ruins - mas, consequentemente com reflexos paradoxais que nos induz a repensar, inferir ou  mediar  na busca de soluções.

Desta forma, tem-se os valores sociais, morais, espirituais, éticos, entre outros, contudo, a cada momento uns ou outros se destoam como se não estivessem intrinsecamente ligados por padrões, modelos ou regras a serem seguidos ou que pelo menos deveriam servir de parâmetros norteadores de uma sociedade em prol de melhor qualidade de vida.

Vale ressaltar que, via de regra, os pais ensinam e/ou repassam aos seus filhos os valores pelos quais eles acreditam  e aqui não se discute grau ou juízo de valor em que pese o conceito de certo ou errado, mas tão somente o que cada um quer para seu filho como por exemplo na defesa da verdade, ou seja, o de procurar nunca mentir, respeitar, não  iludir, persuadir, enganar, dentre tantas outras condutas sociais reprováveis aos olhos da lei e da sociedade, todavia observa-se diuturnamente, atitudes antagônicas, contrárias e negativas, mas que facilmente assimiladas, sobretudo quando em tenra idade, e, fatalmente, reproduzidas mais tarde.

Mas como ensinar uma coisa e fazer outra, completamente diferente? Será que o provérbio  "Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço" estaria coerente e adequado? Certamente, não! Ao mínimo poderia reforçá-lo negativamente, senão, vejamos alguns exemplos acerca do assunto.

Para Bruna Menegueço, então, jornalista da Revista Crescer: "Mentir para o seu filho parece inofensivo, mas dessa forma, a criança não aprende". Você sabe que mentir é errado e se esforça para ensinar isso ao seu filho. Quando percebe que ele contou uma mentira, conversa, ensina, explica e até perde o sono quando pensa onde pode ter errado. Mas dias depois, durante um passeio ao shopping, seu filho pede um brinquedo novo. Você prontamente responde: "Eu não tenho dinheiro". Alguns minutos depois, entra na próxima loja  e compra um perfume, por exemplo.

É fácil cair na tentação da mentira para tentar uma discussão ou que seu filho se frustre por um motivo banal. Mas esses são marcos importantes do desenvolvimento infantil. Uma mentira aqui, outra ali, e quando você percebe, ela já faz parte do repertório da criança, que passa a acreditar que  aquilo é comum e pode ser feito. E ai, não adianta conversar, explicar, ensinar, se o exemplo - que é sempre uma das melhores lições - for diferente.

Conforme o posicionamento da jornalista, balizado por Ana Lúcia Gomes Castello, psicóloga do Hospital Infantil Sabará (SP), confira as 6 mentiras mais comuns que os pais contam aos seus filhos e, da próxima vez que pensar em contar uma "mentirinha" para evitar uma conversa com seu filho, respire fundo, fale a verdade e explique. Logo, você vai perceber que o esforço vale - muito - a pena.

Eu volto logo!

A cena é clássica. Você tem que sair para trabalhar e seu filho começa a chorar, agarra a sua perna, pede que fique. O coração fica despedaçado, é verdade. Para amenizar, ao menos, um pouquinho esse sofrimento, você diz: "Eu já volto, não vou demorar". Logo, seu filho vai perceber a verdade e pode não acreditar mais em você.

Não tenho dinheiro!

Basta um passeio pelo shopping ou até mesmo pelo supermercado para começar a ouvir os pedidos. Pode ser brinquedos, jogos e até um doce daqueles bem coloridos. A resposta já está pronta: "Não tenho dinheiro". Alguns passos adiante e você entra em uma loja para comprar um presente para alguém. E o dinheiro, afinal, de onde brotou? Não vai demorar muito e a criança vai começar argumentar. É melhor explicar que você não vai comprar aquele presente e que ele pode pedir de aniversário ou de natal. 

Estou prestando atenção!

Enquanto seu filho imita um super-herói com direito ma efeitos sonoros e desempenho cheio de energia, você aproveita para assistir alguns minutos de um programa na televisão. Quando ele nota que você  não reparou em um movimento diferente, logo pergunta se está prestando atenção: "Estou vendo, filho". Aqui, a melhor saída é reservar a atenção exclusiva para a criança e evitar a resposta mentirosa.

Está fechado!

Parque, sorveteria, loja de brinquedos, restaurante, fast food, shopping... A lista dos estabelecimentos que você diz estarem "fechados" quando seu filho pede alguma coisa é enorme. Melhor aproveitar a chance e fazê-lo entender que não é a hora de brincar, comer, correr etc. Lembre-se que lidar com a frustração e, sim, importante para o desenvolvimento dele.

Que desenho lindo!

Nesse caso, o mais importante é elogiar a iniciativa de desenhar, aproveitar aquele momento. Ninguém espera que uma criança desenhe perfeitamente, mas se perceber que seu filho se esforço pouco desta vez, você pode comparar com outros que ele já tenha feito e incentivá-lo a caprichar mais no próximo. Além disso dizer "que legal" pode ser uma saída melhor.

A cegonha traz os bebês!

Falar de sexo com o seu filho é difícil mesmo. Quando bem pequeno, ele não precisa saber exatamente como os bebês nascem, mas evite usar a velha história da cegonha. Explique apenas que eles são frutos do amor do casal e pronto. Não precisa ir além da pergunta dele naquele momento. Aos poucos, ele vai entender a verdade.

Assim, torna compreensível alguns desvios, atitudes, comportamentos diante do semelhante e na sociedade quando em muito, poderiam ser evitados.

E, então, inevitáveis, os questionamentos: O que queremos da sociedade? O que fazemos por ela? O que desejamos para todos, em especial, para os nossos filhos?

Pense nisso!

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