sábado, 18 de agosto de 2018

Colar é ...

Fui pego colando no concurso público, e agora o que acontece?
O termo aqui empregado tem, obviamente por analogia, significação ao empregado pelos dicionaristas no sentido da união, junção de partes, interesses como resultado e/ou único objetivo - consenso entre partes.

Conquanto, não se estabeleça como regra, tem-se a expressão: "Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço", provavelmente esta seja a frase mais apropriada para justificar, senão, descrever, as atitudes pelos objetivos entre indivíduos de modo a explicar os fins pelos meios empregados sem o mínimo de esforço ou dedicação de um em detrimento dos demais.

Teste: Seu filho está estudando direito para as provas?
Teste: Você dedica o tempo necessário a seu filho?
Teste: Você ensina seu filho a gostar de ler?
Afinal, a sociedade vive julgando e criticando tudo. O país pela falta de estrutura, organização e seriedade, ingerência de governantes, corrupções, desvios, ausência ou precariedades de políticas públicas, assistencialismos utópicos, paternalismos eleitoreiros, condutas tacanhas ou omissas de colegas, vizinhos, enfim...

E não para por ai. Reclama-se do trabalho ou sua falta, ausência ou precariedade do atendimento nos hospitais, transporte, salário, amigo, pais, filhos, vizinho. Se faz sol ou vai chover; se está frio ou calor. Meras intolerâncias? talvez!

O homem, segue reclamando de algo ou de alguém, provavelmente (e eternamente), em razão da sua essência e insatisfação. A resposta está dentro de cada um; seja pelas boas ou más escolhas, a partir dos próprios comportamentos. Uma Nação reflete simplesmente a cultura de um povo.

O fato é que o indivíduo, via de regra, transfere para o (s) outro (s) suas expectativas, esperanças e/ou adequações, sobretudo responsabilizando-os pelas próprias negações, frustrações, atribuindo-lhes inclusive as próprias decepções ou infelicidades.

E como se torna difícil a introspecção, autocrítica, reexame de posturas - as vezes, tem-se que recorrer a algumas especialidades para melhor visualizar os próprios comportamentos, escolhas e consequências. O convite a se olhar no outro, a visitar o lugar do outro para melhor compreensão, cognição, do processo pode ser a solução..

Provavelmente, ampliando ângulos e visões na (re) formulação de novas ideias, reflexões, conceitos, ou mesmo na mudança de paradigmas e possível inferência in casu tornar-se-ia necessário, salutar. E, neste aspecto, desde muito cedo já se aprende no seio familiar, e na escola, os mais elementares valores morais, espirituais, éticos.

Nesta  expectativa, a escola e os profissionais da educação possuem mecanismos que envolvem o processo de locupletação do indivíduo pelo indivíduo e muito têm a oferecer. Contudo, como compreender as reais necessidades de um e de outro diante de tantas informações, tecnologias, grupos e interesses sociais? Como compreender as regras que determinam a normalidade ou anormalidade dos comportamentos a partir de conceitos formulados, apropriados, e suas aplicações?

 As respostas demandam análises, discussões e reflexões acerca de tudo.

Certamente, a avaliação e o resultado não serão os mesmos daquele que se mostra interessado, participativo, logo, bastante consciente e aplicado - denominado por muitos de "cdf" - em comparação com o que pauta suas escolhas pelas do outro.

E o discurso pela frase; "quem não cola não sai da escola" ou mesmo o que se imagina nunca precisar dos "supostos conhecimentos sociais" da escola ou da família. A este último, restará a frustração e o desvio de tudo e de todos.

Do mesmo modo, e análise, o comportamento daquela profissional, enquanto aluna de graduação, segundo seu próprio relato: "naquele dia todos do grupo estavam dispostos a colar, e, numa dispersão da mestre, aquele pedaço de papel chegou-me as mãos. Sequer conseguia abri-lo, eis que surpreendentemente fui acometida de uma crise de riso, e as lágrimas escorreram pela minha face em razão do meu pseudo-envolvimento". Que vergonha!

Segundo a experiência narrada, a aluna sentiu-se "ridícula" com o comportamento, visto que causou-lhe a sensação de que todos da sala de aula estavam a olhá-la, e, logicamente, censurando-a. Por outro lado, professora e colegas perplexos, já que não estavam compreendendo nada. Mas, ela sabia, e se cobrava, intimamente.

Acertadamente, optou por não colar. E como era boa em redação, desprezou a famigerada cola, e de imediato, redigiu seu próprio entendimento acerca do assunto, obtendo nota superior ao que julgava não merecer.

Assim, os valores agregados ao longo da vida daquela discente, inexperiente na arte de colar, fizeram a diferença entre a mediocridade e a determinação, foco e persecução. Certamente trocaria o termo inicial do "quem não cola não sai da escola" pelo "quem cola deveria permanecer na escola".

Afinal, o fato de não saber a lição ou fragilizado (a) e optar pela cola não garantirá o mínimo necessário à sobrevivência social, mas somente refém dos sistemas, manobras, de modo a satisfazer vaidades, eufemismos, ilações, comumente observados na prática.

Desta forma, será possível compreender muita coisa em sociedade.
Não saber é um processo normal. Aprender também. A diferença entre ambos consiste na vontade de transformar aquilo que se deseja; naquilo que se quer, porque neste diapasão não há qualquer distanciamento a não ser o próprio esforço empregado para realizá-los. Afinal, querer é poder.

Colar é...
Botar nas mãos do outro a sua própria sorte.
A transformação deve vir de dentro para fora. O contrário será sempre um risco; uma ameaça em qualquer segmento social.

A sociedade reflete a imagem de seus indivíduos.
Não adianta reclamar sem fazer a sua parte.
Simples, assim!


Motivos para ler
A importância da leitura
O desafio: Ler e escrever
Não acabem com a caligrafia: escrever à mão desenvolve o cérebro
A avaliação como ensino-aprendizagem
Dicas e aprendizados
Erros mais comuns na hora de estudar
Reforço escolar é bom?
Tudo tem consequência
Dá para evitar a recuperação?
Pilares da educação
 Lição de casa
O lado "b" da lição de casa
Dicas para enfrentar as provas da Escola
Dicas para ajudar seu filho a enfrentar as provas da escola
Dicas para se concentrar na hora do estudo
Dicas de procedimentos de estudo
Mande bem na redação
Conversando sobre honestidade com nossos filhos
Como lidar com as mentiras
Avaliação e aprendizagem
Sem que meu pai soubesse, eu gostaria...
A avaliação deve orientar a aprendizagem

Nenhum comentário:

Postar um comentário