segunda-feira, 19 de março de 2012

Educar, ensinando... !


Fonte: Google
Discute-se atualmente na sociedade - e sob apreciação no Congresso Nacional - o Projeto de Lei (PL) denominado "Lei da Palmada",  no e pelo qual se proíbe  em detrimento de qualquer pretexto,  aos  pais de todo o País que utilize-a com o fito de ensinar e/ou  de educar o seu filho. Então,  tem-se  as várias opiniões acerca do assunto, eis que há correntes que argumentam, defendendo-a,  entretanto,  outras que não conseguem vislumbrar como as famílias poderiam conduzir a educação de seus filhos sem o direito de repreendê-los, utilizando-se das "inocentes" palmadas.
Haveria, então,  em todos os níveis ou classes sociais, condições de se oferecer uma educação básica, mínima e/ou adequada sem a imposição de limites? Ou de fazê-la sem o controle de seus gestores, objetivando-a? Será capaz de uma criança de pouca idade perceber a autoridade de seus pais apenas pelo diálogo? Especialistas dizem que não, e defendem a pequena coerção como imputação de limites, visto que a criança ainda não possui amadurecimento  intelectual ou congnitivo suficiente para diferenciá-los em suas prementes necessidades - até mesmo pelo afeto e seus  exageros! -  assim como não saberia administrá-las diante de iminente perigo. Estes, defendem uma educação com a utilização da palmada, sobretudo,  em tenras idades em que a criança ainda não sabe discernir o significado da palavra  "limite". Notadamente,  esta atitude deverá ser utilizada pelos genitores como último recurso, eis que o diálogo deve permear qualquer relação, e não seria diferente entre pais e filhos. Há  inclusive aqueles que defendem a velha e boa palmada  quando afirmam "Palmada não é santa; mas opera  milagre!"

Desta forma, a permissividade poderá ser confundida;  e então, a tenue linha do pátrio poder (Constitucionalizado), e da educação, estaria sendo ameaçada  por aquele que ainda está por locupletar-se,  familiar e socialmente, conduzindo todos ao desrespeito e/ou  vulnerabilidade generalizada.
 

Analisa-se então o papel dos pais, da família, da escola, do Estado,  conduzindo todos à reflexão. Isso faz lembrar daquele pai que,  sisudo,  procura a escola para saber do desempenho escolar de sua filha e se espanta com o resultado final - a  reprovação de série naquele ano. E indaga a professora: Como?! Não passou!!! Ficou em várias disciplinas! Porquê não me avisaram? Eu não tenho tempo de vir a escola, trabalho muito, não tenho tempo... Porquê não mandou o boletim para a minha casa? É, a culpa é da escola, quero a sua transferência,  agora! Minha filha não vai ficar aqui! É o que eu sempre falo, sobra sempre para os pais! Eu sabia que andando com aquela "outra" ia terminar nisso!
 
Bem, questionamentos a parte, pergunto-lhe: O que responder para aquele pai? Caberia tão somente a escola pelo bom desempenho da criança, do jovem, do adulto? Quais os agentes educacionais dentro de uma sociedade? Na verdade, todos ensinam e todos educam - bem ou mal, vai saber!. O que não cabe é a responsabilização somente de um segmento social.
 
Reflexões a parte, desabafos dessa natureza tornou-se comum dentro do ambiente escolar. Mas e a estrutura da família? Pelo discurso do pai em epígrafe  consegue-se percebê-la ou melhor, compreendê-la? E não é só dessa forma. Tem-se várias outras estruturas desagregadoras  que impedem o real alcance do  objetivo das instituições de ensino - o do ensinar! e/ou paralelamente,  o do educar, ensinando.

Provavelmente muitos indagarão: E o Estado? O que o Estado tem feito para ajudá-los. Pais, filhos, escolas, professores... Educação pressupõe-se compromisso de todos, o começar em casa, no grupo social em que a família é a célula principal, mater, do desenvolvimento (primário) do indivíduo,  elo de ligação ou fio condutor que remonta uma sociedade, seus reflexos positivos ou negativos  solidificarão  ou não o Estado como um todo. 

Torna-se falacioso, eufêmico e até, comprometedor, o discurso de que o pai não poderá educar o filho com uma palmada, considerando-a meramente complemento da educação, eis que o Estado já dispõe inclusive de mecanismos para educar o pai,  punindo-o quando se tratar de espancamentos, torturas, privações em detrimento aos devidos cuidados que se deve ter com o filho - e aqui não se está discutindo outras formas de agressões e de violências contra os menores.

Ressalta-se  que  ao Estado caberá  futuramente  aplicar-lhe as "palmadas", porventura não dadas pelos pais, caso este venha a proceder contrário as normas vigentes que coíbem a má conduta, a falta de caráter ou  de indisciplina nas relações interpessoais ou sociais.

E então,  prefere educar o seu filho agora  ou deixá-lo para o Estado no futuro? Não esqueça: a mesma mão que dá, também tira!... Na ausência, deficiência ou displicência dos pais, professores e escola, o Estado,  age! Sem diálogo, afago,  carinho ou amor.
 
Pense nisso!

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